quinta-feira, 19 de abril de 2012

Brisa



Saudades? Ui, tantas… De quê? Bem, de um pouco de tudo, tenho saudades daquela brisa que me batia no rosto, talvez não sejam saudades da brisa, mas sim da maneira suave como ela embatia no meu rosto, ou então também não são saudades disso mas sim dos tempos que estava a viver.
Aqueles tempos de liberdade, de felicidade e de múltiplos sorrisos, muitos sem qualquer motivo. Saudades daquele tempo…será ele um tempo longínquo? Talvez não, parece que foi ontem, mas também não sei precisar, foi algo tão anestesiante. Foi algo tão mágico.
Saudades de quê, novamente? Talvez do cheiro ou das pessoas, ou talvez do cheiro das pessoas. Do barulho matinal. Talvez dos dias solarengos ou das gargalhadas, ou talvez do brilho do sorriso. Saudades de um pouco de tudo, disto e daquilo. De coisas sem importância alguma, tal como daquelas pequenas rosas vermelhas. De coisas marcantes como foram aqueles passeios, aqueles piqueniques e aquelas corridas pelo campo. De enxergar aquele aglomerado de gente no mercado, da mistura de cheiros da fruta fresca.
Sinto falta de uma certeza. Sinto falta de espontaneidade.
Sinto falta de tudo. Que saudosista que eu sou. 
MJ


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