Saudades? Ui, tantas… De quê? Bem, de um pouco de tudo,
tenho saudades daquela brisa que me batia no rosto, talvez não sejam saudades
da brisa, mas sim da maneira suave como ela embatia no meu rosto, ou então
também não são saudades disso mas sim dos tempos que estava a viver.
Aqueles tempos de liberdade, de felicidade e de múltiplos
sorrisos, muitos sem qualquer motivo. Saudades daquele tempo…será ele um tempo
longínquo? Talvez não, parece que foi ontem, mas também não sei precisar, foi
algo tão anestesiante. Foi algo tão mágico.
Saudades de quê, novamente? Talvez do cheiro ou das pessoas,
ou talvez do cheiro das pessoas. Do barulho matinal. Talvez dos dias solarengos
ou das gargalhadas, ou talvez do brilho do sorriso. Saudades de um pouco de
tudo, disto e daquilo. De coisas sem importância alguma, tal como daquelas
pequenas rosas vermelhas. De coisas marcantes como foram aqueles passeios,
aqueles piqueniques e aquelas corridas pelo campo. De enxergar aquele
aglomerado de gente no mercado, da mistura de cheiros da fruta fresca.
Sinto falta de uma certeza. Sinto falta de espontaneidade.
Sinto falta de tudo. Que saudosista que eu sou.
MJ
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